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Módulo 3: Geração e refino de itens de escala




Questões básicas no desenvolvimento de escala objetiva


Na intrincada jornada de desenvolvimento de escala psicológica, o Módulo 3 desempenha um papel fundamental, concentrando-se na geração e refinamento de itens de escala. Estes itens servem como blocos de construção de medição, permitindo a quantificação sistemática de construtos psicológicos complexos. Neste módulo, mergulhamos no processo de criação de itens de escala potenciais relacionados ao constructo escolhido, fornecendo orientação sobre o refinamento e aprimoramento desses itens por meio de revisões de especialistas e testes piloto. Além disso, exploramos os elementos críticos da redação do item, formatação e opções de resposta, que coletivamente moldam a confiabilidade e a validade da escala de medição.

O processo de desenvolvimento de uma escala psicológica é complexo e multifacetado e requer uma consideração cuidadosa de vários fatores para garantir sua validade e confiabilidade. A construção de uma escala válida e confiável é crucial na pesquisa psicológica, pois a qualidade dos dados coletados depende em grande parte da qualidade do instrumento de medição. Este texto explora as questões fundamentais envolvidas no desenvolvimento da escala objetiva, com foco em garantir a validade de construto, que é essencial para o sucesso de qualquer instrumento de medição.

O primeiro passo na construção de uma escala válida é definir o constructo psicológico de interesse. O constructo é o conceito abstrato que a escala pretende medir. Esta definição deve ser clara, precisa e fundamentada nas teorias psicológicas existentes e na evidência empírica. Sem um construto bem definido, o propósito da escala torna-se vago, e sua capacidade de medir os fenômenos psicológicos pretendidos fica comprometida (Clark & Watson, 2015).

Uma vez que o constructo é claramente definido, o próximo passo é gerar itens de escala potencial. Estes itens são afirmações ou perguntas destinadas a obter respostas dos entrevistados que reflitam a sua posição sobre o constructo. A elaboração de itens claros e específicos é essencial durante esta fase para garantir que cada item se relacione diretamente com a construção, esteja livre de conteúdo de barril duplo e mantenha um equilíbrio entre itens redigidos positiva e negativamente (DeVellis, 2016).

As revisões de especialistas são um componente crítico do refinamento do item. Os especialistas na área avaliam os itens gerados quanto à sua relevância, clareza e representatividade do constructo. Eles fornecem feedback valioso, levando a revisões na redação do item, no formato ou na remoção de itens considerados irrelevantes ou redundantes. Este processo iterativo ajuda a melhorar a validade de conteúdo da escala (Clark & Watson, 2015).

Os testes-piloto seguem revisões de especialistas e envolvem uma pequena amostra de indivíduos semelhantes aos entrevistados pretendidos da escala final. Esta fase é essencial para avaliar a clareza dos itens e compreender como os entrevistados interpretam e respondem a eles. As entrevistas cognitivas conduzidas durante os testes-piloto são particularmente valiosas, pois permitem que os pesquisadores explorem como os participantes pensam e sentem ao completar a escala. Essas entrevistas ajudam a identificar potenciais fontes de confusão e informam outros refinamentos de itens (Willis, 2005).

A redação do item, a formatação e as opções de resposta são elementos cruciais no processo de desenvolvimento da escala. A redação dos itens deve ser concisa e específica, evitando jargões ou linguagem complexa para garantir a acessibilidade à população-alvo. A formatação dos itens da escala deve ser consistente e fácil de usar, e as opções de resposta devem ser claras e logicamente ordenadas para manter a confiabilidade e validade da escala (DeVellis, 2016).

Uma consideração fundamental no desenvolvimento da escala objetiva é a fundamentação teórica do constructo. Uma escala válida deve ser fundamentada em teorias existentes e apoiada por evidências empíricas. Os pesquisadores precisam revisar minuciosamente a literatura para garantir que seu constructo escolhido esteja alinhado com os princípios e modelos estabelecidos (Smith & Glass, 1977).

A relevância é outro fator importante na seleção de construtos. O constructo escolhido deve contribuir diretamente para o avanço do conhecimento ou abordar questões práticas. Construções irrelevantes podem levar a esforços de coleta de dados que não fornecem informações ou soluções valiosas. Portanto, o pesquisador deve avaliar cuidadosamente a relevância do construto para a questão e os objetivos da pesquisa (Schmitt, 1996).

A viabilidade da medição é uma consideração prática no desenvolvimento de escala. Os investigadores precisam de avaliar se o constructo escolhido pode ser medido de forma eficaz e fiável utilizando os métodos e ferramentas disponíveis. Se um constructo é difícil de medir ou requer equipamento especializado, pode não ser viável para o escopo ou orçamento do estudo (Clark & Watson, 2015).

Em conclusão, a construção de uma escala objetiva para a pesquisa psicológica é um processo meticuloso e multifacetado. Definição clara de construto, geração e refinamento cuidadosos de itens e atenção à redação do item, formatação e opções de resposta são elementos cruciais no desenvolvimento de uma escala válida e confiável. Além disso, os pesquisadores devem considerar a fundamentação teórica, a relevância e a viabilidade de medição do construto escolhido para garantir o sucesso do instrumento de medição.