A confiabilidade teste-reteste avalia a estabilidade dos escores ao longo do tempo. Para avaliar a confiabilidade teste-reteste, um grupo de indivíduos recebe a mesma escala em duas ocasiões separadas, com os escores das duas administrações correlacionados. Altas correlações entre os dois conjuntos de escores indicam que a escala é estável ao longo do tempo (Streiner & Norman, 2008).
No entanto, o intervalo entre as duas administrações é uma consideração crucial ao avaliar a confiabilidade teste-reteste. Se o intervalo for muito curto, os indivíduos podem recordar suas respostas anteriores, levando a coeficientes de confiabilidade artificialmente inflados. Por outro lado, se o intervalo for muito longo, as características individuais ou fatores externos podem mudar, o que pode resultar em correlações mais baixas entre as duas administrações de teste. Encontrar um equilíbrio na escolha de um intervalo adequado entre as administrações dos testes é fundamental para obter resultados fiáveis e significativos. Os pesquisadores precisam considerar o construto específico que está sendo medido, bem como considerações práticas e éticas ao determinar o período de tempo ideal entre os testes.
A confiabilidade teste-reteste é especialmente importante para avaliar traços ou atributos psicológicos que se espera que permaneçam estáveis ao longo do tempo. Por exemplo, traços como inteligência ou características de personalidade devem apresentar resultados consistentes após testes repetidos. Quando a confiabilidade teste-reteste é estabelecida, os pesquisadores podem interpretar com confiança a estabilidade do constructo que está sendo medido ao longo de um período de tempo específico.