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Módulo 8: Teste piloto e integração de feedback




Recolha de feedback dos participantes do piloto


O processo de recolha de feedback dos participantes do piloto é uma pedra angular do desenvolvimento da escala, oferecendo uma via crítica para o refinamento do instrumento de medição (Dillman et al., 2014). Para facilitar este processo de forma eficaz, os investigadores empregam uma abordagem deliberada e sistemática, selecionando cuidadosamente os participantes-piloto e empregando diversos métodos de recolha de feedback.

A fim de garantir que o feedback recebido reflita com precisão as experiências e perspetivas dos eventuais usuários da escala, os pesquisadores selecionam conscientemente os participantes do piloto. Este processo de seleção depende do princípio da representatividade (Dillman et al., 2014). É imperativo que os participantes incluídos na fase de teste piloto reflitam, o mais fielmente possível, a demografia e as características da população-alvo pretendida.

A amostragem representativa minimiza o risco de obter feedback enviesado ou não representativo da população mais ampla que eventualmente se envolverá com a escala. Esse alinhamento entre os participantes do piloto e a população-alvo garante que o feedback coletado seja pertinente, oferecendo insights sobre como a escala se comportará quando implantada mais amplamente. Também serve para revelar potenciais desafios ou discrepâncias relacionados com idade, género, educação ou outros fatores demográficos que possam influenciar as interações dos inquiridos com a escala (APA, 2020).

Após a administração da escala aos participantes piloto, o processo de recolha de feedback toma forma. Os pesquisadores empregam uma variedade de métodos para incentivar os participantes a compartilhar suas perspetivas, capturando assim uma visão abrangente do desempenho do instrumento (APA, 2020).

As entrevistas estruturadas, muitas vezes conduzidas em ambientes individuais ou em pequenos grupos, fornecem um ambiente controlado e padronizado para os participantes articularem seu feedback. Os pesquisadores fazem perguntas direcionadas para obter insights específicos sobre a clareza do item, relevância ou quaisquer problemas encontrados pelos participantes durante a conclusão da escala. Este método permite uma exploração aprofundada das respostas individuais e uma compreensão mais profunda dos pontos de vista dos participantes.

As perguntas abertas do inquérito oferecem aos participantes a oportunidade de expressarem as suas ideias num formato mais aberto e flexível. Essas perguntas incentivam respostas de forma livre, permitindo que os participantes forneçam feedback em suas próprias palavras. Esta abordagem qualitativa é particularmente valiosa para descobrir questões imprevistas ou capturar nuances nas experiências dos participantes que as entrevistas estruturadas podem não provocar. Promove uma exploração mais rica e sem filtros dos pensamentos e opiniões dos participantes.

Os focus groups, por outro lado, reúnem os participantes numa discussão em grupo facilitada. Este método é propício para descobrir opiniões coletivas e experiências compartilhadas, gerando uma dinâmica de grupo que pode produzir insights únicos. Os participantes num focus group podem envolver-se em conversas, reagir ao feedback uns dos outros e explorar colaborativamente os pontos fortes e fracos da escala (Dillman et al., 2014).

O feedback recolhido dos participantes do piloto é um conjunto de dados rico e diversificado que merece uma análise sistemática (APA, 2020). Os pesquisadores empregam abordagens qualitativas e quantitativas para avaliar de forma abrangente esse feedback.

Os dados qualitativos, muitas vezes derivados de perguntas de inquérito abertas e discussões de focus group, são submetidos a uma análise cuidadosa. Os investigadores envolvem-se em processos de codificação e categorização para identificar temas ou problemas comuns no feedback dos participantes (Dillman et al., 2014). Ao agrupar e organizar sistematicamente dados qualitativos, surgem padrões, preocupações ou áreas de concordância recorrentes, fornecendo informações valiosas sobre os pontos fortes e fracos da escala.

Dados quantitativos, incluindo respostas de entrevistas estruturadas e itens quantitativos incorporados em pesquisas de feedback, são analisados para avaliar a discriminação e a confiabilidade dos itens. Essas abordagens quantitativas fornecem aos pesquisadores uma perspetiva mais estruturada e quantificável sobre os dados de feedback, facilitando a identificação de tendências e a quantificação de padrões de feedback (Revelle, 2020). Esta lente quantitativa aumenta a capacidade de avaliar aspetos específicos do desempenho da balança com maior precisão.

Essencialmente, o processo de recolha de feedback dos participantes piloto é multifacetado e rigoroso, abrangendo a seleção de participantes representativos e empregando uma variedade de métodos de recolha de feedback. Ao analisar sistematicamente o feedback qualitativo e quantitativo, os pesquisadores garantem que o processo de desenvolvimento da escala seja fundamentado em perceções ricas e apoiado pelas perspetivas dos participantes e evidências empíricas. Este ciclo de feedback, intrínseco ao desenvolvimento em escala, é essencial para orientar refinamentos iterativos que levam à criação de instrumentos de medição confiáveis e válidos (APA, 2020).